Ufa! Todo mundo sobreviveu ao domingo de estrelas na São Paulo Fashion Week. A Colcci trouxe para a Bienal os astros americanos Ashton Kutcher e Demi Moore e as supertops brasileiras Gisele Bündchen e Alessandra Ambrosio. Loucura! Mas a marca catarinense deixou os fashionistas frustrados, já que Demi foi ligeira, entrou e saiu da sala de desfiles (ao lado da filha Tallulah Willis) sem entrevistas e Kutcher (que teoricamente desfilaria) só entrou na passarela no momento do agradecimento do desfile, ao lado da equipe de direção criativa da marca. Típico exemplo de "muito barulho por nada".
A coleção estava tão morna, que Gisele nem trocou de roupa, entrou duas vezes deslumbrante (ela é demais) de hot pant preta e top sexy, para a sorte da plateia. Alessandra também foi superaplaudida, de tubinho preto de couro. O desfile foi o último de Gisele Bündchen para a Colcci, após seis anos de parceria.
A Iódice abriu o dia com desfile no Shopping Iguatemi. A coleção de pretos e brancos mantém a proposta comercial da marca com o toque sensual e sofisticado. As roupas não são ruins, mas pouco (quase nada) arriscam. Tem um pouco do espírito mulher-gato, com luvas de couro e um pouco de grega, com os brancos esvoaçantes e cintão dourado.
Juliana Jabour propôs coleção grunge-selvagem, cheia de brilho. São bons os cardigãs bem compridos, usados como blusa com saia longa. Zebra e onça são as estampas da vez, sofisticadas com aplicação de pelos e o bordado de pedraria preta. Camisa xadrez amarrada na cintura usada com saião deixa o look bagunçado, meio cigano, quase sem identidade. Fernanda Lima foi a estrela de Juliana Jabour, fechando o desfile no vestido roxo com franjas douradas de canutilho. Cadê o grunge mesmo?
Oskar Metsavaht inspirou-se no incêndio ocorrido na fábrica da marca carioca, no ano passado, para revisitar os clássicos de sua Osklen. Batizada de Fênix, a coleção resgata o cashmere de gola V, golas imensas estruturadas, a mochila climbing (com capuz). A estampa mais comentada foi o floral inspirado no fogo, envolvente. A re-edição fica despojada com as falsas mangas, com as peças que invertem a frente e o verso, com a irregularidade dos cortes enviesados. Mas tudo no clima "já vi desse filme antes". Por falar em vídeo, a marca abriu o desfile com curta que mostrou imagens da fatalidade de fevereiro de 2010, qando o fogo atingiu a fábrica. A mensagem de que tudo na vida tem um lado bom foi passada direitinho, já que da tragédia veio uma das coleções mais comentadas da Osklen.
O domingo também teve Cori, com coleção inspirada na arquitetura do americano Frank Lloyd Wright. Andrea Ribeiro e Giselle Nasser, diretoras criativas da marca, tiveram como ponto de partida as formas retas e compridas de Wright. A alfaiataria impecável da Cori desta vez vem com vontade de ser mais descolada, mas anda não pode ser atribuída à essa "categoria". Atenção para os casacos de lã tipo casulo e as peças feitas de com pequenos ladrilhos quadriculados.
Fora isso tudo, outros "bafos"... Mas deixa para uma próxima. Afinal, amanhã tem mais!
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